Resenha: A Menina mais fria de COLDTOWN - Holly Black (Especial de Halloween)

Informações do livro:

Autor: Holly Black
Editora: Novo Conceito
Volume: 1
Ano: 2014
Páginas: 384
Onde Compra: Submarino, Saraiva e Buscapé
Sinopse:

No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair.

Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown.

A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.

Vamos a resenha:

"Todas as noites, em todas Coldtowns, pessoas morrem. Pessoas são frágeis. Elas morrem devido a erros, overdoses, doença. No entanto, a maior parte delas morre... de Morte. A Morte bebe a calidez das pessoas até que suas veias estejam secas."

Em um dia qualquer, Tana acorda jogada em uma banheira, e, ao se levantar, se depara com vários corpos espalhados pela casa. Desesperada, ela corre para pegar seu celular e ligar para a emergência, porém, ao adentrar no quarto que ela se lembra de ter deixado suas coisas, ela vê um vampiro e seu ex-namorado amarados em uma cama;

Tentando ajudar ambos, pois ela se vê sendo perseguida por vampiros que estavam na casa, Tana, praticamente, joga o vampiro e o namorado e ela pela janela que ali havia, mas antes ela é infectada, a partir daí, ela vai em uma aventura que a faz relembrar o passado...

Comentários:

"— Nós somos cultivados debaixo de tantas ilusões em relação a nós mesmo até que somos desnudados. Estando infectados, sendo vampiros, somos sempre nós mesmos. Talvez até mais nós mesmos do que jamais fomos antes. "

Primeiramente, gostaria de dizer que li "A Menina mais fria de Coldtown" para uma discussão, ao qual não rolou e isso foi há bastante tempo, mas irei dar minha opinião sobre o mesmo agora e dizer o que achei sobre a leitura, os personagens, a narrativa e etc... Vamos lá! *-*

"Sabia que não deveria se sentir desse jeito em relação a um monstro, mas, naquele exato momento, não queria mais nada além de um monstro só meu."

Bom, gostei muito das personalidades dos personagens, cada um tinha uma bem excêntrica. A autora soube trabalhar nisso e fazer uma história muito boa, sabendo prender o leitor a cada pagina, cuidando para que os mesmos não fossem forçados e sem graça.

Quando olhei pela primeira vez a capa do livro, eu imaginei ser sobre zumbis ou algo do gênero e nunca pensei que fosse sobre vampiros e ainda por cima, vampiros que fazem, de certa forma, parte da sociedade. Isso foi uma surpresa para mim!

— Eu não tive um dia muito bom. Acho que ainda posso estar de ressaca, e todo mundo está morto e minha root beer já era.

De forma horripilante, ela sentiu os olhos arderem com lágrimas repentinas.

Ele curvou-se para baixo e pegou Aidan, jogando-o por cima de um dos ombros.

— Vamos arrumar um outro dia para você — disse Gavriel, com uma sinceridade tão estranha que ela teve que sorrir.

O mundo criado pela Holly Black foi muito bem construído, a história dos acontecimentos que gerou essa nova sociedade onde os vampiros são conhecidos, as Coldtows, o interior delas. É muito legal poder vislumbra esse mundo. Ao qual, devo dizer, bateu uma vontade de fazer parte.

A narrativa é em 3° pessoa, tendo a Tana como foco, porém, tendo um capitulo com foco nela e outro em foco em outra pessoa aleatória. E gostei da narrativa, foi leve e fluida, consegui ler em pouco tempo( já que li em e-book).

"— O perigo é um vício terrível, mas é disso que eu gosto, da clareza de pensamento que ele provê."

Os personagens, como disse, tem uma personalidade bem excêntrica, cada um sendo de um jeito, uns são mais liberais, outros mais fechados, outros bem doidos e assim vai. Os cenários foram bem descritos e consegui imaginar muito bem.

Um personagem que me agradou bastante, foi o Gavriel, e vou logo falando, eu o imaginei com cabelos brancos, não sei porque, mas foi assim que ele apareceu para mim. Ele tem uma personalidade bem marcante e diferente. Gostei também da Midnigth, apesar que, com o decorrer da historia, ela gerou uma pequena dose de raiva de minha parte. E o Adam também se mostrou muito interessante e meio doidão, algumas vezes.

Bom, não falarei muito da edição, pois como eu disse, li em e-book, mas pelo que observei, ela está linda! Se tratando da Novo Conceito, como não estaria?

Um livro que mostra o lado mais frio da sociedade.