Resenha: Eu estive aqui - Gayle Forman

Informações do livro:

Autor: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 240
Onde Compra: Submarino, Saraiva e Buscapé
Sinopse:

Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo… Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?

A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.

Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo… e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.

Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.

Vamos a resenha: 

"Você tinha um monte de pedras nas mãos, então resolveu limpá-las, deixá-las bonitas e fez um colar. Meg ganhou um colar de joias e se enforcou com eles."

A melhor amiga de Cody, Meg, se suicida sem nenhum motivo aparente, o que deixa Cody sem entender nada, lhe deixando culpada por não tê-la impedido e magoada por não te sido procurada por Meg, para lhe contar sobre o que estava acontecendo em sua vida. 

Cody, determinada a descobri tudo que encobria este misterioso suicídio, se joga no mundo de Meg e descobre coisas estranhas, o que a deixa surpresa e tensa, e o que a deixa em meio a muitas coisas que nunca sonhou presenciar e viver.

Comentários: 

"Preciso fazer isso - fazer alguma coisa - sozinha. Por Meg. E por mim."

Este foi meu terceiro contato com a Gayle Forman, e posso dizer que ela está me surpreendendo a cada livro que é lançado aqui no Brasil. "Eu estive aqui" trata de um assunto bem polêmico, o suicídio, e a Gayle soube trabalhar muito bem neste tema, não deixando nada mal resolvido, criando em volta uma trama muito bem trabalhada e viciante. 

"Vejo que algumas pessoas estão chorando. Eu as fiz chorar. Me tornei um veneno. Se me beber, você morre."

Neste livro a Gayle me surpreendeu pela forma como desenvolveu a história de Cody e do misterioso suicídio de Meg, me senti vendo um filme de suspense onde nada parece ser o que é. Já quero ler outras obras da autora e, espero eu, gostar mais ainda do que já gosto! 

"Perdi alguém recentemente. Uma pessoa tão importante que é como se fosse parte de mim mesma tivesse morrido. E agora não sei mais ser como antes. Ela era meu sol, e então meu sol se apagou."

Bom, Gayle tratou muito bem do tema proposto do livro, além de adicionar algo que eu não esperava no final da trama, o que me surpreendeu mais ainda. Recomendo muito a leitura deste livro, principalmente para aqueles que querem saber mais sobre o suicídio e os sinais que antecedem o mesmo. 

Bom, "Eu estive aqui" foi uma leitura viciante, fluida e muito rápida. Seu enredo encanta a todos, tendo mistério e muito suspense, daria um ótimo filme. Há, ainda há uma pitada de romance. 

"Complicado e confuso de um jeito totalmente bizarro é uma ótima maneira de descrever. Mas talvez o amor seja assim mesmo"

Os personagens foram muito bem construídos, tendo cada um seu papel, criando assim, essa história muito viciante! Gostaria de ter conhecido um pouco mais da Meg, mas como ela tirou a própria vida, isso não foi possível, mas adorei seu modo perspicaz de ser! Gostei das descrições dos cenários, foi de fácil imaginação! 

A edição está linda! Folhas amareladas, bom tamanho de fonte, sendo assim ótimo para a leitura. Os capítulos são numerados. AH! E esse foi o primeiro livro que utilizei post-it, mas de 15 marcações... 

Os segredos matam aos poucos, principalmente quando há algo a mais...