sábado, 7 de janeiro de 2023

RESENHA | O MENINO QUE DESENHAVA MONSTROS - KEITH DONUHUE

 

Informações do livro:

Autor: Keith Donohue
Editora: DarkSide Books
Ano: 2016
Páginas: 256

Sinopse:
Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.

Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar.

Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais.

Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.
Resenha:

Um misto de sentimento para com esse livro, não o odiei, mas faltou um ingrediente muito importante nesses tipos de história: desenvolvimento. Em O Menino que Desenhava Monstros acompanhamos o pequeno Jack Peter, um menino diagnosticado com Autismo e que durante o tempo, foi desenvolvendo alguns problemas, principalmente, depois de um acontecimento que ocorreu com ele e seu amigo, Nick.


A história se inicia alguns anos depois do trauma e podemos acompanhar a saga que os pais de Jack enfrenta para cuidar e entender tudo o que filho faz. É uma relação difícil, pois o menino comumente se esvai para dentro de seu mundo particular deixa seus pais confusos e sem saber como agir. A história tem um ponto inicial no momento que coisas estranhas começam a acontecer e tudo tem uma forte relação com o menino e os monstros que ele desenha.


O livro possui uma narrativa instigante, preocupante e te deixa em êxtase em espera para saber o que irá ocorrer na próxima página e isso se repete em diversos momentos, mas o que ele nos dar é algo morno. A história não segue um fluxo continuo e te deixa em banho maria aguardando que a verdade seja revelada e trazida a torna para entendermos tudo o que estava acontecendo - entretanto, tudo é resolvido no ápice do livro, que dura umas 20 página.


Final corrido, alguns personagens que tinha tudo para serem extremamente importantes, descartados na trama e acontecimentos que ocorre com um tempo de pausa longo e um tanto cansativo. Esperava mais da história, podia conter mais ação, mais tempo para resolver o "mistério" e as histórias paralelas dentro do livro (que modéstia parte, foram inúteis e não resolvidas).


Personagens pouco desenvolvidos, "plot twist" previsível e final com um emaranhado de pontas soltas. Eu tinha muitas expectativas pelo final e me deu algo muito na cara, eu já sabia desde do momento inicial que o final seria aquele. Obvio.
Outra coisa que senti falta na edição, foi ilustrações, eu acreditava que teria algo visual para instigar ainda mais nossa imaginação. Mas não teve. Gostei, foi uma leitura agradável, que pode ser cansativa em alguns momentos. Minha primeira leitura do ano e comecei de forma positiva.

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